Empresa se transforma na pandemia e passa a vender para todo o Brasil

Em três anos uma empresa de Itajubá/MG viveu grandes transformações, a maior delas foi durante a pandemia. No final de 2017, Elias Daniel Ribeiro e Jeferson Henrique Sobrinho, decidiram abrir seu próprio negócio e criaram a MG Sul Distribuidora, vendendo inicialmente somente papel A4. Como não tinham funcionários, os proprietários faziam a gestão, compravam, vendiam e entregavam os produtos. Com o tempo, viram que precisavam fazer a empresa crescer e inseriram novos itens na distribuidora, que hoje atua no segmento de Equipamento de Proteção Individual (EPIs), papelaria, descartáveis, produtos de limpeza, entre outros.

Quando as notícias sobre o Covid-19 começaram a surgir, os sócios se preocuparam muito, devido à incerteza da continuidade da empresa. Já na primeira semana de pandemia, a ideia foi focar na linha hospitalar, pois entendiam que teria grande procura. “Conseguimos com exclusividade um fornecedor de máscaras N95, própria para o combate ao vírus, e podíamos vendê-las em todo o Sul de Minas. Como a demanda foi crescendo, um cliente foi falando para outro, logo estávamos distribuindo máscaras no Brasil inteiro, com um volume gigantesco de vendas, inclusive para multinacionais. Tivemos oportunidade de cotar até para fora do Brasil, mas não foi viável a comercialização por questão de logística. Com o passar dos meses, a MG Sul passou a vender também aventais para estas mesmas empresas. Crescemos de uma forma que não imaginávamos. Então, a pandemia foi o nosso ‘divisor de águas’”, assegura Ribeiro.

Sobre estes negócios, Sobrinho garante que é prazeroso saber que estão ajudando tantas pessoas a se protegerem, assim podendo cuidar dos doentes. “Estamos satisfeitos, pelo grande volume de negócios e também por poder contribuir para salvar vidas. Com a pandemia, não nos preocupamos só em comercializar. Fizemos várias doações de máscaras de proteção facial, álcool em gel e toucas para casas de saúde, prefeitura e polícia militar, pois vimos que estes profissionais precisam trabalhar e se proteger para nos atender. Assim mostramos que nos importamos também com as pessoas”, frisa Sobrinho.

A empresa que começou em um depósito pequeno, está com uma estrutura maior, desde o começo de 2020. “Estamos com nome fortalecido no mercado. A logística e as vendas são nossos diferenciais, pois temos um propósito de sempre atender bem o cliente. Evoluímos com muita força de vontade e sofrimento, mas hoje vimos que tudo valeu a pena. Antes, corríamos atrás dos clientes, hoje os clientes que nos procuram. Estamos felizes por estar gerando empregos – atuamos em seis pessoas atualmente – e queremos evoluir ainda mais”, disse Ribeiro.

O Sicredi

As boas parcerias também foram citadas por Ribeiro. “Sempre prezamos por quem tem objetivos comuns aos nossos, tanto fornecedores como clientes. Inclusive, quem foi nosso grande parceiro e confiou em nós, desde que se instalou em Itajubá, foi o Sicredi. Nos associamos nas primeiras semanas após a inauguração e os colaboradores sempre estiveram ao nosso lado, nos atendem muito bem, nos apoiando nos nossos projetos. No começo da pandemia, a Cooperativa foi quem nos deu o maior suporte, porque precisávamos de recursos para comprar e vender bem. Por tudo de bom que oferece, indico a instituição para muitas pessoas”, conta Ribeiro.

Segundo o colaborador, Leandro Henrique Schiehl, a proximidade da Cooperativa com os dois empresários sempre foi muito grande. “Atuamos com diversos produtos e serviços com eles, para apoiá-los nas suas necessidades. Nosso desejo é que os associados alavanquem seus negócios, porque isso gera resultados nas empresas e, automaticamente, os moradores locais vão ganhando em empregos e em retorno sobre tributação. Assim, o Sicredi promove um círculo virtuoso, onde todos estão envolvidos numa cadeia de retorno, investimentos e ganhos, e a sociedade que tem vantagens com isso”, finaliza Schiehl.