O fortalecimento do cooperativismo no Sul de Minas Gerais

Pessoas que cuidam umas das outras, buscam um objetivo comum e se ajudam, como uma família. Esta é a definição de cooperativismo do associado, Sérgio Cardoso Missão, morador de Itajubá/MG. Seu aprendizado com o trabalho conjunto começou cedo, ainda no início dos anos 90, quando estudou na Escola Agrotécnica Federal, em Inconfidentes/MG, hoje Instituto Federal. Durante o período que permaneceu no estabelecimento de ensino, Missão participou de uma cooperativa escolar, sendo fiscal e presidente. Após a conclusão do curso, retornando a Itajubá/MG, o seu espírito de cooperação continuou, porque vê no seu dia a dia, tanto na vida pessoal como profissional, a necessidade de uns cuidarem dos outros, mesmo sendo pessoas diferentes, cada um com seus anseios, ambições, opiniões divergentes, mas visando percorrer juntas o mesmo caminho.

Seu segundo período com envolvimento direto com o cooperativismo, foi quando da sua contratação para trabalhar na empresa que até hoje atua e, dentro dela, optou por se associar na cooperativa de crédito mútuo – Helicoop. Conhecendo a essência do cooperativismo, Missão quis participar deste grupo e acabou sendo presidente, porém, ao analisar a real situação que a cooperativa se encontrava, detectou que o futuro da instituição seria incerto. “Tínhamos duas opções, assumir os riscos se decidíssemos continuar e o outro caminho era fomentar uma parceria com outros empreendimentos que acreditavam no cooperativismo, para migrarmos os nossos associados. Foi quando, em agosto de 2018, conhecemos a forma de trabalho da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, que estava se instalando na nossa cidade e ficamos contentes com a atuação, porque é tudo o que sempre acreditei com relação ao cooperativismo. Então, começamos a migração dos associados da Helicoop para o Sicredi. Minha identificação com a Cooperativa foi tão grande, que fui eleito a ser coordenador de núcleo do empreendimento, o que para mim é um orgulho”, conta o empresário.

Missão assegura que são muitos os benefícios de integrar o cooperativismo, mas o cuidado com as pessoas é o que ele vê como essencial. “Isso porque, o principal impacto na minha vida profissional – sou gestor de um departamento –, foi aprender a lidar e ajudar as pessoas que têm objetivos comuns. Isso me leva a gostar cada dia mais do que faço e foi o cooperativismo que me ensinou a ter esta paixão pelo meu trabalho”, frisa.

Vida pessoal

Por meio da cooperação, Missão garante que trilhou caminhos que o ajudaram a construir sua família. “Foi através do cooperativismo que aconteceram várias coisas na minha vida, entre elas, conheci minha esposa, que me deu as maiores riquezas – meus dois filhos. Sempre fui muito tímido e pela forma de atuação do cooperativismo aprendi a me relacionar com pessoas, e o grande resultado de tudo isso é a minha família”, afirma.

Impacto na vida dos associados

O associado salienta que a cooperativa não tem ambições financeiras. “Claro, toda a instituição precisa se manter, mas a base são pessoas felizes, que sendo felizes com certeza rendem mais e, consequentemente, o retorno financeiro é muito maior. “E a grande diferença é que no cooperativismo o destino deste resultado positivo é decidido pelo associado, o que lhe faz se sentir verdadeiramente dono e assim começa a participar mais. Esta participação fomenta o empreendimento, o resultado acaba sendo maior, vira um ciclo contínuo e chega a um negócio sustentável”, acredita Missão.

Avaliação sobre o Sicredi

– A impressão que tenho é que as pessoas que trabalham no Sicredi foram ‘contaminadas’ com o cooperativismo, eles vivem isso dentro da Cooperativa. Acredito que isso se deve à administração que conduz a instituição, que é transparente, que faz questão que os associados saibam o que está acontecendo e tragam eles ao ambiente decisório. Esta é a grande diferença, você está inserido o tempo todo no negócio no qual você é dono e isso é maravilhoso – finaliza.