Projeto desenvolve a bacia leiteira em municípios da área de atuação do Sicredi

Uma das propriedades envolvidas no Pisa, é do associado João Pinzon, de Vista Alegre/RS, que em pouco tempo já observa resultados positivos na produção

Com uma metodologia de sistemas de produção sustentáveis, o projeto de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários (Pisa), focado no desenvolvimento da cadeia leiteira, está sendo desenvolvido em 40 propriedades de associados da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG – uma das instituições apoiadoras do projeto, iniciado em 2020. Também integram a parceria, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Senar, Sebrae, Farsul e Emater/RS-Ascar, além da Cotrifred e Cresol, estas duas cooperativas também atendem 40 produtores cada, somando na região 120 famílias contempladas.

Para dar andamento às atividades, nas últimas semanas uma equipe da universidade e representantes dos apoiadores do Pisa, fizeram visitas aos produtores envolvidos, para saber das evoluções alcançadas. Um deles, foi João Pinzon, morador da linha São Paulo, em Vista Alegre/RS, que ingressou no projeto há cinco meses e já sente os resultados positivos com as mudanças implementadas na sua área, para melhorar a cadeia leiteira.

– Quando a equipe do Sicredi me convidou a participar, avaliei que era um projeto que me ajudaria a evoluir e foi isso que aconteceu. Em pouco meses, por orientação dos técnicos que nos acompanham, notei muita diferença, especialmente na pastagem. Antes, o piqueteamento era por dia e, hoje, fazemos piquetes grandes para até cinco dias. Com isso, no início a média de produção era de 700 litros/dia, com 33 animais. Atualmente, alcançamos 800 litros/dia com o mesmo número de vacas. Acredito que com o passar do tempo, vamos avançar ainda mais, pois estamos atendendo as orientações sugeridas e a expectativa é que fique ainda melhor – acredita Pinzon.

O projeto 

O professor da UFRGS, Paulo Cesar Carvalho, que é responsável pela metodologia do Pisa, explica que através do projeto são usadas técnicas que visam aumentar a produção na propriedade, diminuir os custos e gerar baixo impacto ambiental.

Sobre a propriedade de João Pinzon, o docente explica que os consultores estão trabalhando junto com o produtor para efetivar um planejamento, com espaços temporários de uso de solo, montando um sistema de produção que seja alinhado com os conceitos de sustentabilidade do Pisa.

– Apesar do pouco tempo de inserção do projeto, o agricultor já vê resultados positivos, como o aumento da produção, diminuição de custos (que devem ser abaixo de R$ 1,30 ao litro e ele já atingiu R$ 1,20) e redução da carga de trabalho – importante na pequena propriedade. Sabemos que esta família, assim como as demais inseridas no Pisa, vai alcançar muitos avanços ainda, porque o projeto é desenvolvido em quatro anos. Além disso, o João quer aumentar o rebanho e estruturar ainda melhor todo o sistema que está sendo desenvolvido. O crescimento será fantástico”, espera Carvalho.

Sobre o apoio do Sicredi, o professor considera fundamental, pela Cooperativa, assim como os demais parceiros, se envolverem efetivamente no Pisa. “É que chamamos de uma grande governança em torno do projeto. Estou muito satisfeito em observar a atuação destas instituições que pela forma de atuação garantem a qualificação do trabalho”, finaliza.

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