Propriedade se desenvolve com a diversificação de culturas

A dificuldade de ter melhor qualidade de vida no meio rural, fez Pedro Franskoviaki, morador da linha São Luiz, em Planalto/RS, ir em busca de alternativas para manter sua propriedade. Foi então que, depois de visitar a Serra Gaúcha, onde observou a produção de frutas com boa rentabilidade, resolveu investir na cultura. Porém, o começo nesta atividade não foi fácil. A primeira vez que adquiriu mudas de pêssego, elas vieram trocadas – era para ser branco e veio amarelo – e a família precisou arrancar todos os pés e replantar com a variedade certa. Além disso, depois a dificuldade foi vender estas frutas, pois apenas um comprador de Santo Ângelo manifestou interesse e vinha à região duas vezes por semana para levar as cargas.

– Nosso desejo era continuar apostando na produção de frutas, mas para isso precisávamos de caminhão e de câmara fria. Em 2010, conseguimos financiar com o Sicredi o primeiro caminhão e mais tarde a câmara fria – com capacidade para 100 toneladas de frutas. Assim, começamos a nos desenvolver aos poucos – disse Franskoviaki.

Avaliando o que ajudaria no aumento dos resultados, em 2013, a família apostou também na produção de brócolis e mais tarde investiu e outras culturas. Atualmente, em 35 hectares, são produzidos, além do pêssego e brócolis, caqui, bergamota e abóbora cabotiá, comercializados, na maior parte, em cidades de Santa Catarina, e o restante no Rio Grande do Sul, como em Erechim e em Santo Ângelo. Para dar conta da demanda, atuam na propriedade Franskoviaki, a esposa e dois filhos, além de três funcionários.

Os resultados

– Tudo o que estamos fazendo está valendo a pena. Resolvemos mudar a produção, porque investir em grãos na pequena propriedade é difícil. Um hectare de soja, com 60 sacas colhidas, por exemplo, dará pouco mais de R$ 6 mil. Já em um hectare de brócolis, que tenha 15 mil pés plantados, a venda passa de R$ 20 mil. Fazendo estes cálculos, comparado com o que tínhamos antes, nossa renda com hortifrutigranjeiros aumentou mais de 200%. Assim, está sendo possível manter nossos filhos conosco, garantindo a sucessão familiar, o que nos deixa muito felizes – observa Franskoviaki.

O Sicredi

A família conseguiu evoluir com o apoio da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, da qual é sócios há mais de 23 anos. “Na Cooperativa financiamos dois caminhões, a câmara fria, o baú de um dos caminhões, o barracão, um trator, os custeios do brócolis, pêssego e abóbora cabotiá, além das placas solares, que geram economia de cerca de 95% na energia elétrica. Também participamos do Programa Propriedade Sustentável, que nos ajudou bastante na nossa organização. Por tudo isso, asseguro que o Sicredi é muito importante para nós, sou grato, porque se não fosse a instituição ter acreditado nos nossos sonhos, não teríamos alcançado esta evolução”, finaliza o produtor.