Sicredi começa a operar linhas emergenciais do BNDES
A instituição financeira cooperativa já contabiliza R$ 2 bilhões em solicitação de crédito por parte dos associados atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul
O Sicredi opera, desde a quarta-feira, as linhas de crédito do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul. Do total de R$ 15 bilhões liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cerca de R$ 6 bilhões, disponibilizados por agentes financeiros parceiros do BNDES, atenderão empresas com faturamento anual inferior a R$ 300 milhões, produtores rurais e microempreendedores individuais (MEIs) que sofreram perdas materiais nas enchentes. A delimitação georreferenciada das áreas atingidas foi realizada pela Dataprev S.A., conforme Portaria do Ministério da Fazenda n° 1.098, de 4 de julho de 2024. A intenção é que o crédito chegue às regiões efetivamente impactadas pelos extremos climáticos do primeiro semestre deste ano.
O Programa contempla três linhas de financiamento: máquinas e equipamentos, investimento e reconstrução, e capital de giro. Conforme balanço do Sicredi, até o momento, a instituição já recebeu mais de 2,2 mil contratos, que aguardam a liberação do BNDES, totalizando volume superior a R$ 2 bilhões, com ticket médio de R$ 1 milhão. “A quase totalidade dos pedidos via Sicredi é da linha de crédito para capital de giro, o que demonstra o real interesse do associado em retomar seus negócios o mais rápido possível. Além disso, deverá ser a linha que primeiro se esgotará. A diferença de outras linhas emergenciais é de que, pelo Programa do BNDES, os recursos têm uma única origem para todas as instituições financeiras aptas a operar, o que vai gerar forte procura e rápido esgotamento. A vantagem, por outro lado, é que os limites para a solicitação de crédito são maiores em comparação, por exemplo, ao Pronampe Solidário RS,” explica o consultor de negócios da Central Sicredi Sul/Sudeste, João Pillar.